A minha dor é tão velha,
que já não tem idade,
vai do coração á pele,
se nunca existiu, não sei de verdade.
Sempre a mesma dor,
gaivota silenciosa e triste,
pesa no peito dormente,
pudera que passasse, desistisse…
A minha dor é anciã,
trás a angustia da partida,
carregada nas algemas da mente,
sarcástica sem dar trégua nem guarida.
A minha dor é antiga,
veterana no meu asilo alojada,
ficou o tempo nos vales das rugas vincada,
doloroso golpe da ferida que julgava fechada.
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