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Livro

Num livro envelhecido pelo tempo,
escrevi teu corpo, príncipe da maresia.
Cativo na infinidade de um momento,
na distancia longínqua o destino sorria.

Esse livro abri com perfume a nostalgia,
teus olhos negros como coração da noite.
Inteiro, esculpido nas palavras da poesia.
Infante forjado numa manhã serena e fria.

Sou a mesma criança absorta e de face vazia,
desejo colher-te das descoradas folhas de papel,
levar-te a beijar o vento nas asas de um corcel.
Num livro moras, onde o idílico amor é apenas fantasia.

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