O caos ecoava num ruido claro,
na tagarelice do seu pensamento,
chorava
o orvalho pesado do amor,
o encanto da natureza é perturbador…
Porque são assim as primaveras,
em cativeiro sensações repetidas,
vitimas de um sorriso da alma preza,
uma outra armadilha que fere a beleza…
No pantanoso lamaçal de emoções.
Caiu essa indefinível substância,
partículas dum corpo sem paradeiro,
entranha no coração, bateu em cheio…
Húmidos de maquilhagem camuflados,
os lábios vermelhos e cerosos,
ilusórios circos de insatisfeito desejo,
caíram num ininterrupto e descontrolado beijo…
Varrem-se as pétalas para longe,
que a noite propícia para um abandono,
a dor dos espinhos da saudade,
“mokita” impenetrável muro da verdade…
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